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Aprenda a lidar com as finanças

Uma pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil aponta que 7 em cada 10 entrevistados reconhecem não ter capacidade de lidar com imprevistos financeiros. Apesar de desafiador, controlar as finanças é muito importante e mais fácil do que se imagina. Para começar, basta uma planilha simples. Nela devem estar seu fluxo de caixa, com uma visão do passado e, também, do futuro; o planejamento orçamentário; uma demonstração do resultado do exercício (DRE), confrontando o orçado X realizado; balanço, com o olhar para o estoque; e custos.

Para o economista e especialista em Educação Financeira da Fundação Sicredi, Everton Lopes, existem outras maneiras para ajudar Pessoas Físicas (PF) e Jurídicas (PJ) a manterem suas atividades econômicas e atravessarem esse período atípico. Entre elas estão a reorganização das finanças e renegociação de dívidas. “Coloque no papel suas receitas e despesas. Como sempre, o ideal é gastar menos do que ganha, mas é importante ter ideia dos gastos que podem aumentar durante a crise, como alimentação, luz e água”, conta Lopes. Depois, estipule despesas prioritárias. Na lista das dívidas, é importante separá-las por “indispensáveis”, “dispensáveis” e “ajustáveis”. Outras recomendações são:

  • Separe a pessoa física da jurídica: Lembre-se que sua empresa é uma coisa, e você, outra. Nesse momento, é importante priorizar o negócio que gera renda para sua sobrevivência. Mesmo que essa separação não fique tão clara no dia a dia, saiba que a Pessoa Jurídica precisa seguir forte e com disciplina para manter a atividade econômica.
  • Cuidado com o estoque de compras: Para quem é Pessoa Física, a recomendação é comprar sempre o essencial para o momento. Fazer uma lista de supermercado, por exemplo, ajuda a racionalizar, evita a compra de itens supérfluos e, ainda, otimiza o tempo. Já a Pessoa Jurídica precisa ser comedida ao estocar produtos, especialmente alimentos. Mesmo que o preço seja vantajoso no momento, o recurso aplicado em produtos que podem ficar sem saída, ou perder a data de validade, pode fazer falta mais adiante.
  • Notas em dia: Sempre que comprar mercadorias e pagar serviços, por exemplo, guarde todos os comprovantes e notas. Eles serão úteis para os relatórios mensais das suas receitas brutas e, posteriormente, para a prestação de contas na declaração anual de faturamento no Imposto de Renda.
  • Pense sempre na frente: Faça uma reserva financeira para sua empresa, que servirá para investir em planos futuros, melhorias, ou cobrir despesas causadas por imprevistos. Pense, também, em alternativas para assegurar o seu negócio, contratando seguros para você e a sua empresa. Imprevistos acontecem.
  • Busque novas fontes de renda: É importante buscar novas fontes de receita via redes sociais ou whatsapp, e enxugar os custos priorizando o marketing digital. Que tal fazer parcerias com marketplaces de grandes empresas? Elas podem viabilizar as vendas no e-commerce com menos custos de logística.

Fonte: Fundação Sicredi

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Finanças pessoais: 5 dicas para sair do vermelho

Mais da metade das famílias brasileiras está endividada. De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), divulgada em julho pela Confederação Nacional do Comércio, dos 67,4 % dos endividados cerca de 26,3% já estão com contas em atraso — e 12% afirmam que não têm condições de quitá-las. Para sair dessa estatística, a especialista em organização financeira pessoal do Investir, eu?, Simone Sgarbi, preparou dicas valiosas para montar um plano de ação e sair do vermelho. Confira:

Avalie o cenário: liste todas as suas dívidas e faça um levantamento completo de cada uma delas, considerando as seguintes variáveis:

● Qual foi valor inicial efetivo que você pegou emprestado?
● Quantas são as parcelas?
● Há parcelas em atraso? Quantas parcelas já estão pagas e quantas faltam?
● Qual seria o valor para quitar a dívida hoje, à vista?
● Qual o CET (Custo Efetivo Total) de cada uma delas? CET é o valor real de juros da sua dívida, nele estão embutidas todas as taxas cobradas (nunca avalie só os juros informados, pois esse dado não inclui tarifas que fazem diferença no montante final devido. Sempre coloque na sua tabela de dívidas o CET).

Por onde começar depois de coletar todas as informações acima, enumere as dívidas em ordem decrescente, dos valores mais altos para os mais baixos. As mais caras são as que têm um Custo Efetivo Total maior e, por isso, devem ser o seu principal foco de ataque.

Como lidar com as outras dívidas as únicas dívidas que devem ser pagas antes de quitar as do plano de ação que você traçou são as de sobrevivência, como luz, água e gás, além das que têm bens como garantia, tais como financiamento de casa e carro, pois apesar de possuírem, normalmente, juros mais baixos, elas se tornam mais agressivas por terem uma garantia vinculada, tornando possível que o credor peça o bem atrelado.

Fique atento com renegociações só aceite uma renegociação se você tiver certeza de que vai honrar esse compromisso, pois, ao renegociar você troca uma dívida por outra. Inclusive, em muitas delas, você pagará mais do que a dívida inicial, então o que parecia uma solução, na verdade, só aumenta o problema. Antes de negociar, faça um raio-x da sua vida financeira se perguntando:

● Qual o valor líquido que você recebe por mês?
● Quanto paga de contas fixas e variáveis?
● Qual o saldo entre os valores anteriores?

Caso o saldo seja negativo ou empatado, sem diferença para cima ou para baixo, significa que você está vivendo uma vida que não é sua, fora do padrão real das suas finanças. Para evitar que você caia em novas dívidas e consiga quitar as que têm hoje será necessário ajustar essa balança.

Como ajustar o padrão de vida comece dividindo seus gastos em 10 categorias: moradia, alimentação, comunicação, saúde, transporte, educação, lazer, gastos pessoais, serviços financeiros e diversos (gastos esporádicos e sem relação com as outras áreas citadas). Observe os gastos em cada umas categorias e foque em reduções, principalmente, nas três que você gasta mais. Há uma planilha que pode te ajudar com isso disponível aqui.

Ao equilibrar o seu padrão de vida com seus números reais ou aumentar seus ganhos para cobrir o estilo de vida que quer manter, não se esqueça de separar recursos financeiros de uma forma que 70% seja usado no seu padrão de vida atual e os outros 30% sejam divididos entre seu passado, que são as dívidas que você já assumiu, e seu futuro, que são seus sonhos, suas metas.

Uma outra dica é: se você está inadimplente, reúna um valor para tentar quitar as dívidas à vista e com um bom desconto. Se você está endividado, mas tem conseguido pagar, sem entrar em cheque especial ou fazer empréstimos, o ideal é que você monte uma reserva de emergência para evitar cair na inadimplência. Também é importante separar uma parte para investimentos com o objetivo de quitar essas dívidas e deixar seu orçamento mais enxuto. Isso te dará mais liberdade.

Simone Sgarbi
O ponto de virada na vida de Simone Sgarbi aconteceu em um momento em que ela estava sufocada em múltiplas dívidas. Então, pensando em estratégias para sair desse ciclo, ingressou no mundo da educação financeira e, não apenas reverteu sua situação, passando de devedora a investidora, como criou o Investir, eu?, que ajuda outras pessoas a se planejarem financeiramente e a investir.

Especialista em organização financeira pessoal, com formação na FGV (Fundação Getúlio Vargas), no curso Como organizar o orçamento familiar, e pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), nos cursos Mercado financeiro de A a Z e Planejamento de Investimentos, atualmente Simone também promove o Círculo de Educação Financeira que, por meio de pequenos grupos e grade de estudos personalizada, dispõe às pessoas conhecimentos e ferramentas exclusivas para melhorar sua relação com o dinheiro.

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Conheça o Pix!

O Pix vai possibilitar pagamentos e transferências em apenas segundos, todos os dias do ano. A gente conta um pouco mais sobre como essa novidade vai mudar a forma como as transações financeiras são realizadas!

O Pix é o novo sistema instantâneo de pagamentos e transferências anunciado pelo Banco Central no final de fevereiro. E quando o BACEN fala que vai ser instantâneo não é brincadeira: as transações vão ser realizadas em até 10 segundos, 24h por dia, todos os dias da semana! Mas como exatamente vai funcionar o Pix do Banco Central?

Até o momento, as transferências entre contas bancárias sempre foram feitas por meio de TEDs, que são as Transferências Eletrônicas Disponíveis, e DOCs, que são os Documentos de Ordem de Crédito. E os pagamentos de contas são realizados via boleto bancário, cartões, transações físicas ou até mesmo com dinheiro vivo.

Algumas dessas operações bancárias podem levar dias para serem realizadas e ainda podem acarretar custos para os clientes. Em bancos tradicionais, por exemplo, uma TED pode custar entre R$ 8,00 e R$ 16,00. E é justamente nesses fatores que o Pix veio para fazer toda a diferença.

O que é o Pix, afinal?

O Pix vai entrar em operação oficialmente em novembro de 2020, e isso significa que até lá todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil contas ativas vão precisar se adequar para poder oferecer esse tipo de serviço.

O novo sistema de pagamentos do BACEN foi criado com o objetivo de facilitar a transferência de valores entre contas bancárias, o pagamento de boletos e contas e muito mais.

Seu grande diferencial está na velocidade e disponibilidade: as modalidades de transferências disponíveis hoje, TED e DOC, são restritas tanto em relação a horários e dias quanto em quantias, já o Pix vai permitir que as transações sejam realizadas em poucos segundos, em qualquer dia e horário, além de baratear os custos de cada operação.

Como o Pix vai funcionar?

Antes de entendermos como vai ser, é interessante lembrarmos como funciona hoje. Até então, contamos com as seguintes modalidades de transferência:

TED

A sigla para Transferência Eletrônica Disponível é o tipo de transferência em que o dinheiro sai da sua conta no momento em você faz a operação e já cai no destino, desde que tenha sido realizada antes das 17 horas daquele mesmo dia. Caso tenha feita depois desse horário, o valor só vai cair na conta destinada no próximo dia útil.

Um outro contraponto desse tipo de transferência é que, depois de realizada, não tem jeito de ser cancelada. Não existe um valor mínimo para TEDs e valores superiores a R$ 5 mil podem ser transferidos.

DOC 

DOC significa Documento de Ordem de Crédito e é o tipo de transferência bancária que passa o dinheiro da sua conta para outra apenas no dia útil seguinte do pedido. E tem mais:  se você solicitar a transferência depois das 21h59, o dinheiro só vai cair na outra conta dois dias úteis depois.

Não é só nisso que o DOC é diferente do TED, pois nesse tipo de modalidade só é permitido transferir quantias até R$ 4.999,99. A vantagem do DOC é que dá pra cancelar a transferência se você for até o banco.

Os dois tipos de modalidades de transferência, ainda que diferentes, funcionam apenas em dias úteis. Isso significa que transferências realizadas em finais de semana ou feriados, só são finalizadas no próximo dia útil.

O Pix muda completamente esse cenário, pois as transações vão ser realizadas em tempo real. Além disso, o sistema vai funcionar todos os dias do ano, 7 dias por semana, 24h por dia.

De acordo com o Banco Central, as transações do Pix vão poder ser realizadas nas seguintes modalidades:

  • Entre estabelecimentos;
  • Entre pessoas;
  • Entre pessoas e estabelecimentos;
  • Entidades governamentais.

Como utilizar o Pix?

Para realizar as transações do sistema Pix, vai ser preciso que tanto quem envia o dinheiro quanto quem recebe tenha uma conta, não necessariamente corrente, em um banco, uma instituição de pagamento ou em uma fintech.

Chaves de endereçamento

É a nova forma de identificar o seu endereço bancário. Por meio dessas chaves,  o Banco Central reconhece sua conta no banco e valida suas transações bancárias. Mas o que são essas chaves e como isso funciona? São dados como telefone, e-mail ou CPF/CNPJ, que ficam vinculados aos seus dados bancários.

As transações via Pix acontecem por meio de QR Codes Estáticos e Dinâmicos:

QR Code estático 

Esse tipo de QR Code pode ser utilizado em diversas transações. Ele pode ser usado para transferências entre duas pessoas, por exemplo.

QR Code dinâmico 

O QR Code dinâmico é mais funcional para pagamento de compras, já que vai poder apresentar informações diferentes a cada transação, além de permitir que sejam incluídos dados adicionais sobre determinada transação.